Apresentação mensagens

Espero que você goste, a intenção é criar um portal para se ter a oportunidades de se estudar a palavra de Deus, independente de sua religião.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Somos escolhidos por Deus ou nós quem o escolhemos?

Somos escolhidos por Deus ou nós quem o escolhemos?

“Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor
da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Efésios 1:4–6).


Primeiro, Paulo disse que Deus “nos escolheu nele...”. O corpo do Seu Filho é o lugar onde Deus escolheu oferecer ao homem a Sua salvação e as Suas bênçãos espirituais. Os que entraram nesse corpo são os escolhidos de Deus.
Deus, no passado da eternidade perene, decidiu que os que viessem a estar em Cristo e aproveitassem o dom da graça de Cristo seriam os Seus escolhidos, escolhidos para as Suas bênçãos e a Sua salvação. Esse plano de salvação foi predestinado, antecipadamente determinado por Deus, no passado da eternidade. Deus não foi caprichoso nem parcial em Sua escolha. Ele não predestinou uma pessoa para se perder e outra para se salvar, mas Ele, de fato, determinou que os únicos que Ele salvaria seriam os que recebessem a salvação de Cristo entrando no Seu corpo espiritual.
 Talvez Deus tenha presciência de quem será salvo e quem se perderá, mas Ele não predestina a salvação nem a destruição de cada pessoa. Cada um escolhe se será salvo ou não pelo que decide fazer em relação a estar em Cristo.
            Esses dois assuntos, presciência e predestinação, são obviamente profundos demais para serem entendidos completamente. Até certo grau, teremos de simplesmente aceitar por fé o que a Bíblia diz a respeito disso. A Bíblia deixa implícito, porém, que Deus pode ter presciência sem predestinar. A presciência de Deus tem sido igualada à nossa memória. Podemos nos lembrar do que aconteceu ontem, mas o fato de nos lembrarmos dos acontecimentos de ontem não faz com que eles aconteçam. Talvez a presciência de Deus se estenda no tempo, assim como nós vemos o passado na memória. Em Sua onisciência, Ele vê o futuro; mas Sua visão não faz com que os acontecimentos do futuro ocorram.
            Ambos os conceitos de livre “escolha moral” e “predestinação” encontram-se no Novo Testamento num único versículo, Atos 2:23. São usados na mesma frase e não se contradizem. Pedro disse: “sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (Atos 2:23). Deus previu a morte de Jesus; Ele até predeterminou-a ou predestinou-a, mas Ele atribuiu a responsabilidade dela a homens iníquos. A livre escolha moral do homem e a presciência e predestinação de Deus encontram-se nesse versículo, embora um conceito não anule o outro.
            Deus planejou ou predestinou a salvação em Cristo, antes da fundação do mundo, mas precisamos optar por estar dentro da esfera da salvação, o corpo de Cristo, para sermos salvos. Qualquer um pode optar por estar entre os eleitos de Deus. Alguém disse: “Quem quer que venha a ser cristão é um eleito e quem quer que não venha a ser cristão é um não-eleito”Grifo nosso.
            Você já é um escolhido de Deus? Como você pode saber se é um eleito dEle? De acordo com Paulo, a resposta é simples: Você está em Cristo? Os que estão em Cristo podem se alegrar porque estão entre os escolhidos. Em Cristo estamos no lugar certo para receber a bênção que Deus escolheu ou predestinou no passado da eternidade sem data. Se vivermos fielmente em Cristo durante o tempo em que estamos na terra, o céu será a nossa herança eterna.  Em segundo lugar, Paulo disse que os eleitos de Deus, a igreja, foram escolhidos desde a eternidade, antes da fundação do mundo. Suas palavras são: “... nos escolheu nele antes da fundação do mundo...” (Efésios 1:4;).
            Primeiro, Deus pensou em nós, nos escolheu para sermos Seu povo exclusivo, no passado da eternidade sem começo, antes que pecássemos, antes que fôssemos criados e antes que o mundo fosse feito. Em Sua mente santa e infinita, Ele nos escolheu para sermos Sua raça eleita traçando um plano de salvação centralizado em Jesus, na Sua morte na cruz e no corpo espiritual de Cristo, a igreja. Neste sentido, Jesus pode ser descrito como o Cordeiro de Deus “que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8; 1 Pedro 1:19, 20).
            Deus disse a Jeremias: “Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações” (Jeremias 1:5). Paulo disse que Deus o separara, desde quando estava no ventre de sua mãe (Gálatas 1:15). Deus não violou o livre arbítrio moral de Jeremias ou Paulo, mas Ele os tinha em mente antes que nascessem.
            Deus pode projetar, planejar e até predestinar, sem interferir no livre arbítrio da Sua criação. Ainda que não entendamos isso, podemos confiar nisto por causa do ensino claro da Palavra de Deus. Para saber quão importante a igreja é para Deus, considere o fato de Deus ter escolhido a igreja para ser o Seu povo eleito antes da fundação do mundo. Deus fez esta escolha antes de criar qualquer coisa. Muitas vezes, transmitimos nossas prioridades em relação a determinada circunstância, dizendo: “Quando isso aconteceu, primeiro eu pensei em...” Esta é a nossa maneira de revelar o que ponderamos ser mais importante para nós, no momento. Através da sonda da Palavra de Deus, podemos ver de maneira semelhante o que é mais importante para Deus, olhando para o que estava primeiramente na Sua mente: “nos escolheu nele antes da fundação do mundo”. A igreja como os Seus escolhidos, o Seu povo eleito, estava na mente de Deus antes da criação do mundo.
            Como os eleitos são preciosos para Deus! Eles estão na mente de Deus desde antes do começo dos tempos. Esta verdade deve nos avivar e fortificar com um ânimo divinal.
            Continuando, Paulo disse que fomos escolhidos para a santidade. Ele escreveu: “nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele” (Efésios 1:4). Fomos escolhidos para um propósito. Deus escolheu a igreja para ser o Seu povo e para refletir o Seu caráter ou semelhança. Ele ordenou que a Sua igreja fosse santa. Pedro disse: “Pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pedro 1:15, 16). Santidade significa ser purificado do pecado e ser separado para o uso sagrado de Deus.
            Deus também escolheu o Seu povo para ser irrepreensível, que significa “sem culpa” e indica o alvo do povo de Deus. Devemos nos esforçar por viver vidas perfeitas perante Ele. Embora jamais atinjamos completamente essa ambição nesta vida, esta é a atitude constante do nosso coração. Nossos esforços em busca de santidade e irrepreensibilidade não se realizarão até que compareçamos perante o Seu trono na eternidade. Os cristãos, por causa das estimadas ordenanças do Senhor, procuram viver perante Deus de modo que nenhuma acusação legítima possa ser levantada contra eles.
            Paulo também disse que Deus nos “predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo” (1:5). Ele nos escolheu para sermos Seus filhos. Adoção neste contexto significa “receber todos os direitos, privilégios e responsabilidades da filiação”. No momento da adoção, recebemos tudo o que está implícito na filiação à família de Deus. Deus predestinou — determinou antecipadamente, decidiu no passado da eternidade sem começo — que Ele adotaria aqueles que estivessem em Jesus e faria deles Seus filhos, dando-lhes todos os direitos, riquezas e responsabilidades da Sua sublime família.
            Suponhamos que você receba uma ligação de uma estação de rádio com a seguinte informação: “Você foi escolhido. Escolhemos você”. Imediatamente, você perguntaria: “Escolhido para o quê?” Suponhamos que o interlocutor diga: “Escolhemos você, mas não sabemos para o quê. Não tínhamos nada especial em mente quando escolhemos você. Tudo o que podemos lhe dizer agora é que você é o escolhido. Tínhamos milhares de nomes na lista, e quando o sorteio foi feito, saiu você. Então, ligamos para parabenizá-lo”. A emoção de ser o escolhido imediatamente se extinguiria quando você ouvisse: “Não sabemos para o que você foi escolhido”. Você já não se sentiria escolhido ou excepcional. A sensação de ser o escolhido se perderia na confusão do Deus planejou ou predestinou a salvação em Cristo, antes da fundação do mundo, mas precisamos optar por estar dentro da esfera da salvação, o corpo de Cristo, para sermos salvos.
            Deus tem um propósito por trás de Sua escolha. Deus nos escolheu para recebermos a salvação em Cristo, para sermos adotados como Seus filhos e para vivermos uma vida santa e irrepreensível, sendo o Seu povo exclusivo aqui neste mundo. Ele nos escolheu para vivermos separados, sendo o Seu povo convocado para uma missão superior.
            Podemos nos manter santos e irrepreensíveis através de um firme compromisso com a Palavra de Deus. Fomos separados ou chamados para a santidade através da obediência à vontade de Deus, e o nosso viver na Sua vontade nos torna sem culpa ou irrepreensíveis perante Ele. Deixemos que estas palavras do irmão Pedro penetrem fundo no nosso coração: Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo(2 Pedro 1:10, 11).
            Somos escolhidos pela graça. Paulo disse que Deus nos escolheu “segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Efésios 1:5, 6; grifo meu). Em outras palavras, essa escolha foi iniciada e consumada pela bondade e generosidade de Deus. O que é o “beneplácito de sua vontade”? A vontade de Deus tem mandamentos, instruções e preceitos. Sua vontade total, em todo o seu escopo e questões, tem uma intenção básica, uma motivação final e um propósito benigno. O que é essa intenção básica? Não é a salvação do pecado e uma vida com Deus? Em outras palavras, Deus procura o melhor para nós. Tudo o que Deus fez, Ele o fez com o Seu interesse benevolente em nosso verdadeiro bem-estar. Pedro disse: “O Senhor... é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:9). Paulo escreveu: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:3, 4).
            A existência da igreja, como o povo escolhido de Deus, é “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado” (Efésios 1:6). Deus planejou a igreja, profetizou a vinda da igreja, enviou Jesus para assentar a fundação da igreja, enviou Jesus para morrer na cruz a fim de comprar a igreja, deu miraculosamente início à igreja no Pentecostes e tem guiado, com a Sua providência, a pregação do evangelho — mas tudo isto foi feito em cumprimento do Seu intento compassivo de salvar o mundo. O resultado da ação divina, a existência da igreja, é o louvor da glória da Sua graça. A igreja não pode se orgulhar de ter começado do nada até tornar-se um corpo mundial. Ela só pode glorificar a intenção e as ações benignas de Deus. Nossa glória é a Sua graça.
            Você já conheceu alguém que procurou constantemente fazer o melhor para você? Você já conheceu alguém cuja atitude, em vez de ser “primeiro eu” sempre foi “você primeiro”? Alguém já lhe deu preferência em tudo? Se você pegar a imagem da pessoa mais abnegada e generosa que você já conheceu e multiplicar essa imagem um milhão de vezes, você terá apenas uma pequenina fração do retrato de Deus. Tudo o que Ele faz é conforme a Sua amável generosidade.
            Com gratidão pela Sua graça, devemos nos alegrar na salvação que temos em Cristo, na missão que Ele nos deu e no futuro glorioso que teremos com Ele como os escolhidos de Deus na eternidade vindoura sem fim. O coração de todos os santos deve estar tocando constantemente a trilha sonora da incomparável graça de Deus. A graça superabundante de Deus deve produzir em nós gratidão, louvor, fé e obediência.

Apocalipse 3:20:
Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”.


2 comentários:

  1. Tema complexo , o texto traz alguma luz a respeito ! 🙏

    ResponderExcluir
  2. Excelente estudo, tudo q promove e exalta a soberania de Deus e o amor a nós manifestado atravéz de Cristo, seja louvado. Amem

    ResponderExcluir