DONS ESPIRITUAIS
A palavra carisma
significa “dom”, manifestação do Espírito. Caris (grego) quer dizer “graça”.
Os dons são manifestações sobrenaturais concedidas, pelo Espírito com a
finalidade de edificação da Igreja. Ler Romanos 12:6-8 e Tiago 1:17.
Existe diferença
entre dons espirituais e talentos naturais.
O talento natural é a
capacidade que uma pessoa tem de executar algo de modo espontâneo. Pode ser
hereditário ou adquirido com estudo, dedicação e persistência.
Os dons espirituais
são sobrenaturais na origem e nos resultados. A pessoa que utilizar seus dons
naturais no serviço do Senhor, precisa sempre estar atento à direção do
Espírito Santo. Os talentos naturais podem se tornar um problema na vida da
Igreja, se forem usados sem cuidado e com intenções pessoais: por vaidade,
desejo de reconhecimento ou para dirigir a vida dos outros.
CLASSIFICAÇÃO DOS DONS
Um estudo em I
CorÍntios 12:1-11.
O profeta Joel fala sobre a descida
do Espírito Santo e a manifestação dos dons espirituais sobre a Igreja.
“E há de ser que, depois, derramarei o meu
Espírito sobre toda a carne,
e
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos,
os vossos
mancebos terão visões. E também
sobre os servos e sobre
as servas naqueles dias derramarei o
meu Espírito”. Joel 2:28-29.
Esta palavra profética cumpriu-se no dia de pentecostes e é
citada, literalmente, pelo apóstolo Pedro, em seu discurso logo após o
cumprimento dessa profecia.
“E de repente veio do céu um som, como de
um vento veemente e
impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam
assentados.
E
foram vistas por eles línguas repartidas, como que
de fogo, as quais pousaram sobre cada um
deles.
E
todos foram cheios do Espírito Santo...”.
Atos 2:1-4a e Atos 2:16-18
Em I Coríntios 12:1-11, encontramos nove dons distribuídos em
três categorias, com três dons cada uma:
I - Dons
de Revelação: Sabedoria,
Ciência e Discernimento de espíritos.
II - Dons de Poder: Fé, Cura e Operação de maravilhas.
III -
Dons de Inspiração: Profecia,
Línguas e Interpretação.
I - DONS DE REVELAÇÃO
As
revelações vêm diretamente do Espírito Santo ao espírito do homem, vivificado
pelo Novo Nascimento.
Estar
em Cristo é uma expressão muito usada nas Cartas Paulinas e significa nossa
identificação com Deus pela comunhão. A comunhão é o elo de ligação entre o
Espírito de Deus e o nosso espírito.
É
a certeza da nossa integração com Deus.
“Frutificando em toda a boa obra e
crescendo no conhecimento de Deus” e
“Crescei na graça e conhecimento do nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
Efésios 1:17; Colossenses 1:9-10 e II
Pedro 3:18.
A falta de sabedoria, de conhecimento e discernimento, pode
levar uma pessoa e até uma Igreja inteira ao caos, à confusão, à quebra de
confiança, entre as pessoas, à criação de grupos independentes, ao desrespeito
aos pastores e líderes, à divisão.
“... não cessamos de orar por vós, e de
pedir que sejais cheios
do
conhecimento da Sua vontade em toda a sabedoria
e inteligência espiritual”. Colossenses
1:9.
O
crente deve buscar o “espírito de sabedoria e de revelação” e também apurar sua
“inteligência espiritual”, a fim de conhecer a vontade de Deus e discernir entre
o santo e o profano.
Os
dons de revelação são os mais silenciosos, de menos aparência externa e
requerem uma participação maior do homem.
São
também os mais fáceis de serem manipulados, porque sua manifestação externa
depende da honestidade e sinceridade da pessoa que os possui.
Os
dons de poder operam o sobrenatural e não dependem da interferência humana. Os
dons de poder e inspiração, são os mais visíveis, mas na prática, todos possuem
o mesmo valor.
A
revelação é a descoberta do que está oculto, a manifestação de um mistério e o
esclarecimento daquilo que é humanamente incompreensível.
“Como me foi este mistério manifestado
pela revelação como acima em pouco vos escrevi...
e demonstrar a todos qual seja a
dispensação do mistério, que desde os
séculos
esteve oculto em Deus...”.
Efésios 3:3, 8 e 9.
O
propósito das revelações de Deus para a Igreja é fazer notória Sua soberania,
Seu governo e domínio, para que a Igreja cumpra a sua vontade e se submeta com
temor. João 17:23 e Efésios
3:10.
Os
demônios imitam os dons do Espírito e também revelam coisas ocultas. As
revelações de fontes pagãs, funcionam somente a nível mental, não podem atingir
o espírito.
Tais
conhecimentos, descobertas, visões, profecias..., são temporais, limitados e
direcionados às pessoas, tanto para o bem quanto para o mal.
“Essa não é a sabedoria que vem do alto,
mas é terrena,
animal e diabólica”. Tiago 3:15.
Ler I Coríntios 3:18-23.
A
maioria dos profetas pagãos, desconhece a fonte de suas revelações; outros
sabem que não procedem de Deus, mas preferem escolher e receber o mal como se
fosse o bem.
Os
profetas seculares são exaltados pelo cumprimento de muitas de suas profecias
e, por mais honestos que sejam, sempre haverá erros em suas previsões.
“... E, se disseres no teu coração: Como
conheceremos a palavra que o Senhor não falou?
Quando o tal profeta falar em nome do
Senhor, e tal palavra não se cumprir,
nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou;
com soberba a falou o tal profeta, não
tenhas temor
dele”. Deuteronômio 18:20-22.
Ler o confronto entre o profeta Jeremias
com um falso profeta. Jeremias 28:1-17.
Os profetas bíblicos conhecem
a procedência de suas revelações, estão convictos da veracidade das palavras
que proferem e não há erros em suas profecias.
Geralmente, começam a profecia
designando a origem de suas revelações, falando com firmeza e convicção:
• “E veio a mim a Palavra do Senhor”;
• “Assim diz o Senhor Jeová”;
• “E disse-me o Senhor”;
• “O Espírito do Senhor Jeová está sobre
mim”.
“Ó Deus de meus pais, eu te louvo e
celebro porque me deste
sabedoria e força; e agora me fizeste
saber o que te
pedimos, porque nos fizeste saber este
assunto do rei”. Daniel 2:23.
Os dons de
Revelação são os mais necessários para a sobrevivência da Igreja. Através
desses dons é que a Igreja descobre e proclama a Verdade dos tesouros da
Palavra.
I
- DONS DE REVELAÇÃO
Sabedoria
A sabedoria é parte da Onisciência que
Deus oferece à Igreja para capacitá-la no cumprimento de sua missão.
Não
é conhecimento humano.
Este dom é de grande valor na vida do
cristão, porque:
• Exerce influência no relacionamento
interpessoal.
• Faz diferença na aceitação dos problemas
existenciais.
• Capacita a pessoa:
·
A aceitar seus limites, sua
fragilidade e transitoriedade;
·
A fazer boas escolhas;
·
A fazer diferença entre o
absoluto e o relativo;
·
A aproveitar suas
experiências de vida para seu próprio crescimento.
Não podemos dar o que não
temos. Se o que temos são pensamentos próprios, só transmitiremos conceitos e
palavras, eloqüência e conhecimento humano que só alcançam o intelecto,
estimulam a alma, as emoções, a mente e a vontade de quem ouve.
O crente sabe que é um
“cooperador” de Deus e que a fonte dos seus dons e do seu conhecimento, vem de
Deus.
Um pregador que possui o dom da sabedoria, é diferenciado
dos demais, pela unção que há na sua fala, porque transmite, não apenas o que estudou, mas o que
experimentou no seu convívio com Deus. Ler Provérbios capítulos 2, 3, 4, 8 e 9.
O fruto do Espírito, só pode ser alcançado
pelo Espírito.
“O
mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que
somos
filhos de Deus”. Romanos 8:16. Ler Efésios 3:14-19.
Quando alguém é tocado pelo
amor e pela luz de Deus, certamente transmitirá esse amor e essa luz ao outro.
Existem características que
são necessárias a uma pessoa que aspire a liderança na obra do Senhor.
É preciso, conscientemente,
permitir que a obra da Cruz seja realizada em sua vida.
Esse processo dura a vida
toda, e consiste em destruição e reconstrução, morte e ressurreição.
Destruição e eliminação dos
conceitos contra a Palavra de Deus, contra a verdade e reconstrução e renovação
dos novos conceitos segundo o pensamento de Deus.
À medida que o crente
persevera em assimilar assuntos referentes a Deus, através de Cristo e do seu
Espírito Santo, vai conquistando novos territórios no reino espiritual.
É aperfeiçoamento para alcançar a maturidade
espiritual.
“Para
que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro
que
perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e
glória,
na revelação de Jesus Cristo; ao qual, não o havendo
visto
amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos
alegrais
com gozo inefável e glorioso; alcançando o
fim
da vossa fé, a salvação das almas”. I Pedro 1:7-9.
Deus usa vários modos para
moldar e atrair o servo para mais perto Dele. Alguém disse:
“eu sempre me queixava das interrupções no
meu trabalho,
até que entendi que elas é que eram o meu
trabalho”.
O dom da sabedoria é sobrenatural, não
está vinculado a nenhum método humano.
Exemplos:
• Noé sabia que o dilúvio aconteceria porque recebera uma
revelação de Deus. Ler
Gênesis 6:13-22.
• A José foi dada a palavra de sabedoria e a capacidade de
interpretar sonhos e prever acontecimentos futuros. Ler Gênesis 40:8-13 e 41:16-37.
• Para a construção do Tabernáculo e das vestes sacerdotais, Deus
escolheu pessoas e distribuiu o dom da sabedoria para que tudo fosse feito.
“...
porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no
monte
se te mostrou”. Hebreus 8:5. Atos 7:44.
Ler
Êxodo 31:3-11; 35:30-35; 36:1.
• O rei Salomão pediu a Deus entendimento para governar o povo.
Foi tal a resposta a esse pedido, que a Bíblia registra que Salomão foi o homem
mais sábio da terra.
É bem conhecida a sentença
dada às duas mulheres que se diziam mães da criancinha que ficara viva após a
morte da outra: partir a criança ao meio, e cada mãe ficaria com a metade. O
resultado é que foi descoberta a verdadeira mãe, que preferiu a criança viva,
ainda que ficasse com a outra.
Ler I Reis 3:4-28 e 4:29-34.
• Com Daniel e seus companheiros estava a sabedoria no modo de
conduta dentro e fora do palácio, na interpretação dos sonhos de Nabucodonozor,
na tradução das palavras proféticas escritas na parede do palácio, e sobre o
destino da Babilônia naquela noite do banquete. Ler Daniel 2:19-30; 4:19-27 e 5:18-31.
• Aos três magos do Oriente, que vieram adorar Jesus, em Belém,
foi-lhes dado um aviso em sonhos, para que não voltassem a ver o rei Herodes. Ler Mateus 2:12.
Sabedoria no
Aconselhamento:
A sabedoria é muito útil, em
gabinetes de aconselhamento.
A um conselheiro atento,
pode ser revelado o momento certo de dizer uma palavra, não para dirigir a vida
do outro, mas como auxílio para que ele mesmo encontre a solução do seu
problema e passe a tomar suas decisões com responsabilidade.
A responsabilidade é
pessoal.
O conselheiro que usa seus
próprios conhecimentos sem preocupar-se com a direção do Espírito, dá poucos
frutos ou quase nenhum. Se a pessoa ficar atenta à voz do Senhor, o Espírito
revelará a palavra certa, no momento certo, sem direcionar a vida do outro.
Deus pode revelar os
segredos do coração de alguém para que a
pessoa alcance uma libertação ou cura interior.
A falta de sabedoria no
aconselhamento, é a causa da perda de confiança das pessoas que precisam de
ajuda. Isto acontece porque, muitas vezes, o conselheiro apressa-se em falar o
que lhe vem à mente, sem a preocupação de ouvir atentamente o que o outro precisa
expor.
O
Espírito Santo trata cada um conforme as suas necessidades. Cada pessoa tem sua
própria identidade. Cada um é especial. A impressão digital e o DNA é único.
O
conselho dado a um, pode não servir ao outro.
“Desejaria
eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor Jeová; não desejo
antes
que ele se converta dos seus caminhos, e viva?”. Ezequiel 18:23.
“Porque
não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor
Jeová;
convertei-vos, pois, e vivei”. Ezequiel 18:32.
Ler
todo o capítulo. Ezequiel 18:1-32.
Uma Igreja madura saberá
formar líderes capazes de utilizar os dons de Revelação para edificação da
Igreja.
A sabedoria não é teórica, é
prática e é para ser utilizada no dia a dia do cristão.
Pela sabedoria, sabe-se o
tempo de Deus para cada coisa.
O tempo de calar e o tempo de falar, o
tempo de sair ou de permanecer, o tempo de estar junto e o tempo de se afastar,
e também como aplicar a Palavra de Deus na vida prática. Ler Eclesiastes 3:1-8.
I
- DONS DE REVELAÇÃO
CiÊncia
Há o conhecimento natural que um homem adquire no decorrer da sua vida,
por experiências, estudos, leituras, convivência com outras pessoas, viagens,
pesquisas, buscas constantes motivadas pela ânsia de saber.
O dom da
ciência é uma revelação sobrenatural de algum fato desconhecido e que Deus quer
que o homem tome conhecimento, através do seu espírito, pela ação do Espírito
Santo. Isso só pode acontecer pela ação do Espírito Santo.
Este dom permite que a
pessoa identifique fatos recentes, como cumprimento de profecias bíblicas
antigas.
Somente o conhecimento da
Palavra de Deus, permitirá que a pessoa reconheça uma profecia e o seu
cumprimento.
Exemplos:
• O
jovem Samuel, foi chamado por Deus e recebeu uma palavra de conhecimento sobre
o futuro da família do sacerdote Eli. I
Samuel 3:1-14.
• Mais tarde, Samuel recebeu a revelação de que Saul seria ungido
rei de Israel, e que ele estava escondido entre as bagagens. I Samuel 9:15-16 e I Samuel 10:22.
• O profeta Eliseu preveniu o rei de Israel para não seguir por
determinado caminho, por onde o rei da Síria passaria. I Reis 6:8-12.
• Eliseu prediz abundância de comida. II Reis 7:1.
• Eliseu recebeu uma palavra sobre Geazi, seu ajudante, que
desobedeceu recebendo presentes do general sírio. II Reis 5:25-26.
Discernimento
O dom de discernimento não
se limita, apenas a discernir espíritos demoníacos no momento de uma possessão.
Discernimento é a faculdade
de perceber diferenças, distinguir entre a verdade e o erro e de julgar as
coisas claramente.
O discernimento será útil na
seleção do que ouvimos, falamos, lemos, vemos. É uma questão de disciplina!
É ter percepção para
reconhecer falsos profetas, espíritos enganadores e distinguir e separar entre
o sobrenatural da parte de Deus e da parte das trevas.
“Vede
pois como ouvis”. Lucas 8:18a.
“Se
algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus”. Tiago 1:5.
“...
todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar...”. Tiago 1:19b.
Na
vida cristã prática, o discernimento, impedirá o desenvolvimento da raiz do
mal, já cortada pela obra realizada na Cruz, mas arraigada na natureza humana.
O discernimento favorecerá o crescimento espiritual, com a libertação dos
desejos impuros da mente, da rebeldia e oposição à Palavra.
“...
tendo os sentidos exercitados para discernir
tanto
o bem como o mal”. Hebreus 5:14.
“Se
alguém tem ouvidos ouça... atendei ao que
ides
ouvir”. Marcos 4:23-24a.
Existe uma relação entre o
ouvir e o falar. Se alguém aceita tudo o que ouve, sem fazer uma seleção e sem
distinguir a verdade da mentira, induzirá outros a crerem na mentira.
O discernimento e a
percepção, influenciarão nossas escolhas.
É um dom essencial para a
Igreja neste final de tempos.
O conhecimento da Palavra de
Deus é condição básica para o alcance e apuração da percepção e do discernimento.
Este dom não pode ser
confundido com perícia ou capacidade de analisar o caráter das pessoas, para
descobrir falhas nos outros, isso até é proibido na Bíblia.
“Não
julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo
com
que julgardes sereis julgados...”. Mateus 7:1-2a.
A pessoa com discernimento
está preparada para reconhecer a fonte de certas doutrinas, aparentemente
bíblicas, mas que distorcem as Escrituras. Com isso o crente é livre do mal e
pode ajudar a outros.
Muitas vezes ouve-se
pregações, depoimentos, entrevistas e até milagres enganosos, com aparência de
autenticidade.
A pessoa com discernimento,
conhecerá a mentira oculta e ajudará a manter a pureza e a santidade da Igreja.
“O
Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé,
dando
ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. I Timóteo 4:1.
Esses demônios se aproveitam
da ausência de dons na Igreja para enganar a muitos. Uma Igreja fica
vulnerável, se não houver a sabedoria e a aplicação da Palavra de Deus.
Para tudo o que é
verdadeiro, há sempre uma cópia falsificada.
Faz parte da natureza humana
copiar quando não pode criar.
Isso acontece em todos os setores: na moda,
na indústria, no comércio, nas artes, na música e também nos assuntos
espirituais. Os demônios imitam os dons do Espírito.
O uso correto dos dons vai
depender muito da nossa comunhão com Deus, porque o nosso espírito é dotado de
faculdades que possibilitam a intimidade com Deus.
A interrupção de um
testemunho, ou até de um sermão contradizente com a Palavra, é zelo pela casa
de Deus.
É correção e disciplinação
necessárias ao amadurecimento da Igreja e o aperfeiçoamento dos dons.
A pessoa sincera não se
sentirá humilhada, mas aceitará a correção com dignidade para seu próprio
crescimento espiritual diante de Deus e da Igreja.
A utilização prática do discernimento dará à
Igreja condições de julgar e impedir o abuso e a usurpação dos dons.
Uma pessoa que diz ser usada
por Deus e afirma que Deus falou quando Deus não falou, está usando sua mente
ou está influenciada por sugestões malignas. Sem discernimento, muitos preferem
acreditar na pessoa e duvidar de Deus.
Isto tem conduzido muitas
pessoas e Igrejas inteiras à incredulidade, ao abatimento e a duvidar da justiça de Deus.
Tem sido causa de
perturbação em muitos lugares.
Tem feito muitos estragos em
Igrejas, que preferem proibir os dons espirituais, do que discipliná-los.
O dom de discernimento tem
que estar aliado ao temor a Deus e nunca ao temor humano.
Temer
a Deus é condição fundamental da fé cristã, temor humano é doença dos tímidos e
dos fracos. Jesus não teve temor humano quando chicoteou os vendedores no
Templo.
Ele
é o nosso modelo. Não teve nenhum respeito humano, quando o assunto era a
limpeza do Templo.
“E,
entrando Jesus no Templo, começou a expulsar todos os que nele
vendiam
e compravam,
dizendo-lhes:Está escrito: A minha Casa é Casa de oração, mas
vós fizestes
dela covil de salteadores”. Lucas 19:45.
Ler Mateus
21:12-13; Marcos 11:15-16 e Romanos 10:1-7.
A
autoridade da Igreja, na disciplina e ordem na congregação, evitará o uso
abusivo dos dons, sem eliminá-los, mas corrigindo-os e utilizando-os para o
amadurecimento da Igreja e para a glória de Deus.
Apurando o
discernimento:
Os escritores bíblicos não
se cansam de apresentar em seus escritos, tudo o que eles observaram e
assimilaram sobre a natureza, compreendendo e transmitindo os ensinamentos para
a vida prática.
A expressão: “quem tem ouvidos ouça”,
encontrada muitas vezes na Bíblia, significa: “apure seus ouvidos para entender
o que está além do que você vê, ouve e sente”.
O ruído das ondas, as marés,
o mar revolto ou calmo, falam da soberania de Deus; o som do vento traz
notícias sobre o tempo, relâmpagos, trovões, tornados, terremotos, falam da
Justiça e do Juízo de Deus sobre a terra.
Parte Prática:
Vejamos o legado deixado por alguns dos
patriarcas bíblicos que observaram, no seu tempo de vida, e nos transmitiram:
·
Jó fala da águia, da
avestruz, do corvo. Jó 38:41.
Ao mesmo tempo diz que a avestruz não tem
sabedoria. Jó 39:13-17. Ler
todo o capítulo 39.
·
Salmos citam: pardal, mocho,
pelicano e andorinha. Salmos
84:3 e 102:6-7.
·
Na caminhada do povo, no
deserto, Deus providenciou uma: nuvem de dia como cobertura para o sol. Salmos 78:14. Ler Salmos 77:14-20.
·
E uma coluna de fogo para
iluminar a noite. Salmos
105:39.
·
Deus preparou, para o seu
povo durante sua peregrinação, um caminho no deserto, no mar e no rio, lugares
onde não havia caminho. Salmos
107:40; Salmos 106:9; Salmos 78:13; Salmos 66:6. Ler Salmos 114.
·
Provérbios fala de quatro
pequenos seres cheios de sabedoria: formiga, coelho, gafanhoto e aranha. Provérbios 30:24-28.
·
O livro de Cantares de
Salomão menciona 15 espécies de animais e 21 espécies de plantas.
·
Isaías fala sobre o boi que
conhece o seu dono. Isaías
1:3.
·
fala da coruja e pelicano,
bufo e corvo. Isaías 34:11.
·
fala sobre o lavrador que
lança sementes no solo e cada uma tem o seu modo especial de ser plantada. Isaías 28:24-29.
·
E fala também que as “árvores
batem palmas”. Isaías 55:12.
• Jeremias diz:
“A cegonha conhece os seus tempos determinados, a rola, o
grou
e a andorinha, observam o tempo da sua arribação...”.
Jeremias 8:7.
• Habacuque fala sobre a rede que prende o peixe e que é mais
valorizada do que o próprio peixe. O homem valoriza mais a obra de suas mãos do
que a criação de Deus. Habacuque
2:14-16.
Além desses mencionados,
você pode encontrar muito mais, observando a natureza, recebendo a sabedoria do
alto, discernindo o que é bom, e fazendo boas escolhas para o seu próprio bem.
II- DONS DE PODER
Fé
“... a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam,
e a prova das coisas que se não
vêem”. Hebreus 11:1.
“... a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra
de Deus”. Romanos 10:17.
A
FÉ é uma semente plantada no espírito de cada pessoa que nasce e está pronta a
germinar pela Palavra de Deus.
As
pessoas não são cegas, mas seu entendimento está fechado para assuntos
espirituais.
Exemplos:
• Abel, pela fé, ofereceu
maior sacrifício do que Caim. Gênesis 4:1-7.
• Enoque agradou a Deus e foi
transladado. Gênesis 5:24.
• Noé construiu a arca
conforme tudo o que lhe foi ordenado, porque creu no que Deus lhe falou. Gênesis 6:22 e Hebreus 11:7.
• Abraão saiu da sua terra,
sem saber para onde ia, por que creu. Gênesis 12:4. Ler cap. 12:1-9. Hebreus 11:8-10.
• Sara recebeu a virtude de
conceber na velhice. Gênesis 18:9-14 e Hebreus 11:11.
• Moisés fez tudo conforme
Deus lhe ordenou no monte. Êxodo 25:40; Atos 7:44 e Hebreus 8:5.
Vamos considerar alguns tipos de fé:
Fé Natural, Fé Salvadora, Fé como Fruto e Fé como
Dom.
Fé Natural:
Todo homem tem fé em alguma coisa. Ninguém pode
viver sem fé, e precisa confiar em alguém ou em alguma coisa.
Se você viaja, é porque tem fé de que vai chegar no
lugar desejado, porque confia no veículo e em quem o conduz.
Você confia que a padaria faz um pão limpo para
você poder comer. Quando você escolhe os alimentos, é porque você precisa
comer, gosta deles e confia que são bons para saúde.
Fé Salvadora:
É a fé que abre os olhos espirituais do ser humano
e o faz ver algo que lhe estava oculto.
É quando o homem reconhece sua fraqueza e
impossibilidade de salvar-se a si mesmo, por estar distante de Deus.
Esta é a fé que faz o homem ver sua necessidade de
ter um salvador e crer que Jesus é Deus.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é
dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie”.
Efésios 2:8-9. Ler João 3:16 e Hebreus 11:6.
É pela
fé salvadora que o homem prova o Novo Nascimento, que consiste no despertar do
espírito humano pela presença do Espírito de Deus. O Novo Nascimento capacita o
homem a compreender a verdade sobre assuntos espirituais.
Este é o começo da vida cristã.
A partir
daí, dependerá de cada um o desejo de buscar comunhão com Deus, e crescer no
entendimento espiritual, através de sua Palavra.
Fé como Fruto do Espírito:
Depois de alcançada a fé salvadora, a vida do
cristão vai sendo fortalecida durante toda a sua caminhada terrena.
A fé vai se transformando, crescendo à medida que a
pessoa anseia pela presença, pelo conhecimento, obediência aos mandamentos e às
determinações da Palavra de Deus.
É indispensável crer que a Bíblia é um dos meios
que Deus usa para falar aos homens. Qualquer discordância, qualquer dúvida não
resolvida, qualquer oposição à Palavra, certamente impedirá o alcance desse
fruto do Espírito.
Como acontece com o fruto de qualquer árvore, que
começa na flor e vai crescendo lentamente, assim é com o fruto do Espírito na
vida de uma pessoa.
É preciso regar, cuidar, limpar de pragas e
insetos, proteger do sol forte, até o seu amadurecimento.
Todos os cuidados são necessários ao cultivo da fé.
Não só a fé, mas qualquer fruto do Espírito, requer
todo este tratamento. A fé como fruto do Espírito, é que nos faz ter intimidade
com Deus e nos permite viver num ambiente celestial aqui na terra.
A Fé como um Dom:
Alcançar esse dom é um privilégio na vida do
crente, porque é através dele que o poder de Deus pode se manifestar com mais
intensidade.
O dom da Fé nos faz compreender que somos meros
cooperadores de Deus. É a prática de tudo o que aprendemos teoricamente; é a
posse de algo inabalável em nosso espírito que nada poderá derrubar.
O dom da Fé é que nos faz transcender a razão e nos
permite crer que Deus opera o sobrenatural, através das nossas palavras, gestos
e intenções do nosso coração. Este dom permite a manifestação do poder de Deus,
para que todos glorifiquem ao nosso Pai que está nos céus.
Quem possui o dom da Fé, é ousado porque:
• Já experimentou a
intervenção de Deus em sua própria vida, muitas vezes e de muitas maneiras;
• Tem convicção de que chegou
ao ponto máximo de sua fragilidade e impossibilidade;
• Reconhece que só Deus pode
intervir realizando o impossível;
• Submete-se à soberania de
Deus;
• Aguarda a intervenção
divina;
• Sabe que somente um milagre,
pode alterar a situação;
• Compromete sua reputação
quando tudo está perdido;
• Confia na proteção de Deus
nas horas de perigo;
• Está capacitado a ver e a receber as promessas de Deus;
• Alcança vitória nas lutas
que enfrenta.
Exemplos:
• Moisés à frente do Mar
Vermelho, sem saída diz ao povo:
“Não
temais; estai quietos, e vede o
livramento do
Senhor...”. Êxodo 14:13. Ler Êxodo
14:15-26.
• Pedro e João disseram ao
coxo na entrada do Templo:
“Não tenho prata nem
ouro, mas o que tenho isso te dou.
Em nome de Jesus
Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”.
Atos 3:6.
• Elias usou o dom da fé,
comprometeu-se, colocou água sobre a lenha e pediu fogo de Deus.
“Então caiu fogo do
Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha,
e as pedras, e o pó,
e ainda lambeu a água que estava
no rego”. I Reis
18:38. Ler cap. 18:22-39.
• Daniel, na
cova dos leões, nada sofreu. Ler Daniel 6:16-22.
• Paulo não
morreu ao ser picado por uma víbora. Atos 28:3-6.
• Moisés com as mãos
erguidas foi o elo de ligação de Deus com o povo, alcançando vitória contra os
amalequitas. Ler Êxodo 17:10-13.
A Igreja precisa de muitos “Arão e
Hur”, para sustentar as mãos cansadas dos que oram pela vitória do Reino de Deus.
Assim, a Igreja seria mais do que
vencedora.
Hebreus 11:32-34 lista uma série de
milagres operados pelo Dom da Fé.
Às vezes, não
percebemos quanto vale este dom, porque não estamos de olhos abertos para ver
de quantas ciladas somos livres a cada dia, pelo Senhor que cuida de nós.
II-
DONS DE PODER
Cura
“Na
verdade vos digo que aquele que crê em mim, também fará as obras que eu faço,
e
as fará maiores que estas; porque eu vou para meu Pai”. João 14:12.
Ainda não temos visto o cumprimento desta palavra de Jesus. A
maioria das Igrejas não está preocupada em se preparar para a prática dos dons.
Os verdadeiros servos do
Senhor não estão satisfeitos com a ação da Igreja nos dias atuais, porque
aguardam ansiosos pelo momento em que verão o mover sobrenatural do Espírito
cumprir-se pela ação da Igreja.
O tempo da centralização dos
poderes está terminando.
O “estrelismo evangélico”,
através dos instrumentos eletrônicos, os shows gospel, estão perdendo a
essência, a autoridade espiritual e a unção.
O Espírito Santo precisa ter
liberdade de agir, no tempo e no espaço, porém, a maioria das Igrejas limita a
ação do Espírito, com uma liturgia fechada, muitas regras, horário
predeterminado e restrito, programas de apresentação de talentos naturais,
ocupando o tempo destinado a louvor, celebração, adoração. Preenche-se o
pequeno tempo reservado aos cultos a Deus, com programações de exaltação ao
homem.
A partir deste ponto, nosso estudo estÁ baseado
no livro e nos vídeos de Charles e Francis Hunter, missionÁrios americanos,
cujas liÇÕes sobre cura, ampliaram em muito o nosso entendimentoÀrespeito desse
dom.
A Igreja pertence à Deus e
não às pessoas. E Ele tem novidades para nós, a cada dia, mas, por vezes, já
estamos tão apegados ao conhecimento adquirido que permanecemos como se
tivéssemos atingido a perfeição.
O poder de Deus,
sobrenatural e dinâmico, move-se através dos tempos, conduzindo a Igreja
conforme o caminho predeterminado e estabelecido no propósito eterno.
Não há regras para o
sobrenatural, que deveria ser natural para o crente. O comando é a direção do
Espírito.
A nós compete apurar a nossa
sensibilidade e percepção, para conhecermos o tempo, o espaço e o modo de Deus
atuar.
Deus concedeu poderes à
Igreja que deve exercê-lo com humildade e em unidade.
A hierarquia eclesiástica
continua existindo, a vida do pastor é essencial, mas a Igreja como corpo,
precisa usar todo o seu potencial em unidade.
A Igreja é uma comunidade
terapêutica, e tem o dever de aliviar o sofrimento daqueles que vêm em busca de
socorro.
Conforme promessas feitas
por Jesus, acontecerão muitos milagres neste final dos tempos.
Compete à Igreja trazer, à
terra, o poder de Deus.
Falta à Igreja a coragem de
por em prática, exercitar-se, preparando-se para receber e administrar o
sobrenatural.
Os dons da fé, cura e
expulsão de demônios, são dons de utilidade e necessidade urgente.
É uma questão de tomada de
posse dessa promessa de Jesus.
Estamos preocupados em
resguardar nossa reputação e levantamos barreiras mentais e espirituais que
impedem ao Espírito Santo de derramar o seu poder.
Outros fatores: falta de
comprometimento, receio de não acontecer nada com a nossa palavra, muitos
medicamentos liberados para dores, e especialidades médicas para todos os
males.
O Espírito Santo quer operar
maravilhas e fica impedido por nosso conformismo, incredulidade, timidez e medo
de errar.
São poucos os crentes
comprometidos com ousadia.
Um ou outro missionário,
alguns pastores e poucos irmãos.
A Igreja do tempo do fim,
alcançará a maturidade e usará os dons, naturalmente, com simplicidade, em
obediência, seguindo o modelo de Cristo e dos apóstolos.
O Modelo de Cristo: Como
Jesus agia?
Jesus não estabeleceu regras
para curar. Ele sabia o tempo e o modo de fazer, e nos deu a ordem:
Curai enfermos, limpai leprosos, expulsai demônios,
ressuscitai
os mortos: de graça recebestes, de graça dai”.
Mateus 10:8.
Deus
é soberano. Faz como quer. Atende a nossa oração.
Jesus mostrou-nos algo prático, usando
vários métodos:
• O poder da Palavra;
• A fé do enfermo;
• Falou diretamente à enfermidade;
• Tocou no enfermo;
• Tocou e falou.
• Aplicou lama nos olhos;
• Perdoou primeiro e depois curou.
• Ao paralítico disse:
“Levanta-te,
toma a tua cama e anda”. Mateus 9:2.
• Ao homem da mão mirrada disse:
“Estende
a tua mão”. Mateus 12:10.
• Ao enfermo há 38 anos na beira do poço disse:
“Levanta-te,
toma a tua cama, e anda”. Ler João 5:5-8.
• Ao servo do centurião disse:
Vai e como creste te será feito”. Mateus 8:5.
• Aos dois cegos que o seguiram:
“Tocou
então os olhos deles, dizendo: seja-vos feito segundo a vossa fé”. Mateus 9:29.
• À mulher do fluxo de sangue:
“tocou
a orla de suas vestes”. Mateus 9:20.
• À mulher cananéia:
“Ó
mulher! Grande é a tua fé: seja isso feito para contigo,
como
tu desejas”. Ler Mateus 15:21-28.
• No menino lunático: repreendeu o demônio.
“...
e desde aquela hora, o menino sarou”. Ler Mateus 17:14-18.
• Ao surdo mudo, falou diretamente ao ouvido:
“Abre-te”.
Marcos 7:34.
• Na sogra de Pedro:
“...
tocou-lhe na mão, e a febre a deixou...”. Mateus 8:15.
• No leproso:
“tocou-o
dizendo: quero; sê limpo”. Mateus 8:3.
• Na ressurreição da filha de Jairo, chefe na Sinagoga:
“...
e tomando a mão da menina, disse-lhe: menina,
a
ti te digo, levanta-te”. Marcos 5:41.
Estes são poucos exemplos. Há muitos
outros.
Leia os evangelhos e encontrará
maravilhas.
“Jesus
pois operou também em presença de seus
discípulos
muitos outros sinais, que não estão
escritos
neste livro”. João 20:30. Ler Marcos
3:7-11.
II-
DONS DE PODER
Cura
(Continuação)
Como Agir? Uma
liÇÃo prÁtica.
• O crente cheio do Espírito Santo está capacitado a liberar o
poder de Deus, a ultrapassa os limites racionais e a entra nos lugares
celestiais onde Deus domina.
• Como se faz? olhos fechados, orando contrito? Não.
De olhos abertos, aguardando
a direção do Espírito, falando com autoridade e assistindo a operação de Deus.
• Há poder nas nossas mãos. O Espírito que habita em nós envolve
todo o nosso corpo.
O poder flui de todo o nosso
corpo, do toque das nossas mãos, do nosso abraço, do nosso olhar. Creia nessa
verdade!
• Usar o bom senso, o discernimento.
• Sempre para a glória de Deus e “em nome de Jesus”.
• Vigiar em oração, ficar atento para receber uma revelação do
Espírito antes ou durante a ministração.
• Tratando-se de doenças incuráveis ou crônicas, antes de
ministrar, amarre e expulse o “espírito da enfermidade”.
• Obedecer a direção do Espírito.
• Glorificar o nome de Jesus.
• Não
dê falsas esperanças, nem prometa o que você não pode dar, dizer que Deus vai
curar quando Deus não falou é presunção, é falsa profecia.
• Nunca oriente as pessoas a jogarem fora os seus remédios.
Quando a cura é evidenciada, o remédio não será mais necessário. É preciso ter
certeza da cura.
O Poder de Deus e
a Bíblia:
O poder de Deus está
evidente em toda a Bíblia.
No Antigo Testamento vemos
mais milagres e poucas curas.
No Novo Testamento são mais
curas do que milagres.
Há uma preocupação de Deus
com o bem estar do homem.
No passado:
“A
mão de Deus era presente: Mas a eles os fez sair com prata e ouro,
e
entre as suas tribos não houve um só
enfermo”. Salmos 105:37.
“...
porque eu sou o Deus que te sara”. Êxodo 15:26.
“É
ele que perdoa todas as tuas iniqüidades
e
sara todas as tuas enfermidades”. Salmos 103:3.
Exemplos no Antigo Testamento:
• Asa, rei de Israel, é condenado por não ter buscado a Deus
antes dos médicos.
“E
contudo na sua enfermidade não buscou ao Senhor,
mas antes aos médicos”. II Crônicas 16:12.
• Moisés: Sua mão leprosa e depois curada. Uma demonstração do
poder de Deus para que Moisés se encorajasse a levar a mensagem a Faraó. Êxodo 4:6-7.
• Elias ressuscitou uma criança:
“ó
Deus rogo que a alma deste menino torne a entrar nele”. I Reis 17:22.
• Eliseu e uma ressurreição. II Reis 4:25.
• Eliseu: A cura de Naamã, o general sírio.
“Vai
e lava-te sete vezes...”. II Reis 5:10.
• A ressurreição do homem que caiu na sepultura de Eliseu. II Reis 13:21.
• Isaías: A cura do rei Ezequias, que adoeceu de morte.
“E
tomaram uma pasta de figos e a puseram
sobre
a chaga; e ele sarou”. II Reis 20:7 e Isaías 38:21.
Ler a oração de Ezequias.
Isaías 38:2-22.
Observar: segurança,
convicção, reverência, cuidado e a confiança dos profetas no poder de Deus.
No Presente:
Os médicos não são excluídos, mas os remédios
para determinadas doenças estão fora do alcance do povo.
Na Igreja há muitos doentes
sem condição de tratamento.
Compete à Igreja suprir o
povo nas suas enfermidades.
A Igreja é uma Comunidade
Terapêutica e pode aliviar o sofrimento de muitos.
Exemplos no Novo Testamento:
Repete-se o cuidado do Senhor com o povo.
• Jesus deu exemplo:
“E
curando todas as enfermidades”. Mateus 4:23.
“...
e ele curou a todos”. Mateus 12:15.
“Eu
vim para que tenham vida, e a tenham com
abundância”. João 10:10.
“E
grande multidão o seguia; porque via os sinais
que
operava sobre os enfermos”. João 6:2.
• Os apóstolos seguiram os passos de Jesus:
“E
as multidões unanimemente prestavam atenção ao que
Felipe dizia, porque ouviam e viam os sinais
que ele fazia....
e muitos paralíticos e coxos eram curados”.
Atos 8:6-8.
“E
Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias.
De
sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos
enfermos
e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos
malignos saiam”. Atos 19:11-12.
“A
sombra de Pedro curava”. Atos 5:15.
“...
e Paulo havendo orado, pôs as mãos
sobre ele e o curou”. Atos 28:8.
• A fonte da cura é a Cruz e o Sangue de Cristo.
“ele
tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas
dores
levou sobre si”...“e pelas suas pisaduras
(feridas,
sofrimento) fomos sarados”. Isaías 53:4-5.
Se
cremos que Jesus assumiu tudo em nosso lugar, podemos fazer as declarações
contidas nesse texto, aplicando essa verdade ao momento que estamos vivendo.
Se conseguirmos alcançar esta certeza, seremos abençoados e livres
de muitos males que nos assolam.
II-
DONS DE PODER
Cura
(Continuação)
DeterminaÇÕes da
Palavra de Deus sobre cura:
“Está
alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja, e orem sobre ele,
ungindo-o
com azeite em nome do Senhor; e a oração da
fé salvará o doente e o Senhor o levantará...”. Tiago 5:14-15.
Muitas
vezes uma cura interior, acontece depois de uma confissão de culpas passadas,
de pecados ocultos, da liberação do perdão, causadores de doenças
psicossomáticas.
“Confessai
as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros para que sareis;
e
a oração de um justo pode muito em seus
efeitos”. Tiago 5:16.
“Eu
vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”. João 10:10
A
confissão e o perdão são essenciais para a liberação da cura para muitos males,
porque Cristo veio para destruir as obras de satanás. A raiz do mal já foi
cortada.
“Para
isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo”. I João
3:8b.
O objetivo de uma cura pelo
poder de Deus é abençoar as pessoas, mas principalmente, glorificar o nome de
Jesus.
As curas encontradas na
Bíblia são sobrenaturais.
Não são poderes magnéticos,
psíquicos, mentais, nem explicados por ciência ou sabedoria terrena, são
milagres.
O Espírito Santo é um
perfeito mestre e nunca deixa de ensinar a quem está disposto a receber e
aplicar, em sua vida, tudo o que aprende, para a glória de Deus.
Curar os enfermos é algo
excitante! É o desejo do Senhor Jesus. É a vontade de Deus.
Por que não existem muitos
que curam os enfermos?
Diz a palavra:
“Meu
povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento”. Oséias 6:4.
Sinais e maravilhas seguem
aos que crêem, diz a Bíblia.
Algumas pessoas põem culpa
sempre no diabo que os persegue e os atormenta. Porventura será ele maior do
que Deus? Ele é uma criatura rebelde que
já está julgado e condenado. Nós, os filhos de Deus, assentados em lugares
celestiais, somos vencedores nessa batalha.
Como a cauda de um cometa,
formada com partículas da luminosidade desprendida pelo astro em velocidade,
assim, a Igreja refletirá a luz e o amor que recebeu de Deus.
Repita sempre: Eu sou templo
do Espírito Santo; a unção de Deus está sobre mim, em todo o tempo. Creia nessa
verdade. Cresça na fé, fruto do Espírito e receba o dom de Poder da Fé.
Se você quer ver milagres,
fale sempre com autoridade.
Sobre ImposiÇÃo
de MÃos:
Antes de impor as mãos é preciso conhecer
a pessoa.
Procurar saber se há algo a ser
confessado: falta de perdão, mágoas, amargura, frustração, sentimento de
autopiedade ou outro impedimento bloqueador e ajudá-la no sentido de alcançar a
libertação.
Não sendo feito esse trabalho, além de não
ser transmitido nada à pessoa, quem impõe as mãos estará desobedecendo a
ordenança de Deus, e com isso todo trabalho será inútil.
A recomendação bíblica sobre imposição de
mãos, é:
“A
ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios;
conserva-te a ti mesmo puro”. I Timóteo 5:22.
Deus quer que andemos com
saúde espiritual e que a Igreja seja “um povo bem disposto”. Lucas 1:17b.
Se você der o melhor para
Deus, Ele dará a você o melhor.
É preciso alinhar a nossa
vida com a Palavra de Deus.
Muitas passagens Bíblicas
contêm promessas de bênçãos sobre os que confiam no Senhor. A recompensa por
temer e obedecer a Deus será a prosperidade e a felicidade.
A mulher estará satisfeita e
os filhos serão saudáveis.
Se fizeres isso... “então... a tua cura
apressadamente brotará...”. Isaías 58:6-8
“E
servireis ao Senhor vosso Deus... e eu tirarei do meio de ti a
s
enfermidades”. Êxodo 23:25. Ler Salmos
128.
FÉ em AÇÃo:
• Qual o seu desejo? Você te um sonho? Veja-o realizado.
• Libertação? Considere-se liberto.
• Acerto de finanças? Visualize uma boa vida financeira.
• Você necessita cura? Sinta-se curado.
• Deseja ver a família salva? Considere-os salvos.
Visualize-os lendo a Bíblia, pregando o Evangelho.
• Seja exemplo para eles. Sê
tu uma bênção”.
• Cresça no conhecimento e na comunhão com Deus.
“Deus
chama as coisas que não são, como se já fossem”. Romanos 4:17.
Esta é a dimensão espiritual, que pode ser alcançada.
Não mentalize nem fale nada
que não esteja de acordo com a Palavra de Deus, cresça “na graça e no
conhecimento”.
Mantenha sempre diante Dele
mãos limpas, coração arrependido, mente purificada, ouvidos atentos à Palavra
de Deus e olhos firmados em Jesus.
“Olhando
para Jesus autor e consumador da fé...”. Hebreus 12:2.
Ler
Números 21:5-9 e Salmos 15.
Não duvide no seu coração.
Faça e fale com autoridade.
Não desanime, creia que Deus
está operando em silêncio.
O milagre pode não ser instantâneo.
E o diabo entra para dizer que não houve nem haverá cura.
Recomendações aos que
desejam receber o dom de curar:
Deus é soberano, onipotente
e, por isso, pode fazer o que quer, do modo que desejar, quando e onde quer.
Contudo, há certas condições
básicas que devemos seguir.
Deus é misericordioso, mas
conhecendo nosso interior, sabe que somos presunçosos, aventureiros, soberbos
e, portanto, precisamos de disciplina.
Tudo deve ser feito com
amor, reverência, temor ao Senhor.
“Confia no Senhor de todo
o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os
teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
Não sejas sábio a teus
próprios olhos: teme ao Senhor e
aparta-te do mal. Isto será remédio para o teu
umbigo,
e
medula para os teus ossos.”. Provérbios 3:5-8.
Não podemos viver em pecado
e esperar que Deus cumpra suas promessas a nosso respeito.
Se estamos no centro da
vontade de Deus, o poder fluirá!
Há um preço a pagar, por
quem se compromete com Deus.
Ele é galardoador dos que o
buscam.
Ele recompensa aos que crêem
e confiam n’Ele.
Um milagre é uma ação livre,
dentro ou fora do que nossa razão chama lei.
RecomendaÇÕes
PrÁticas:
Quem recebe a cura deve
tomar posse da bênção. Se não for curado da primeira vez não desista. Peça
outra ministração. Não pense que Deus não quer curá-lo. Ele quer perseverança.
Como preservar a cura?
Glorifique ao Senhor Jesus,
receba a cura e diga-lhe que não aceita as mentiras de sua própria mente ou do
inimigo que lança incredulidade para você não receber a bênção.
Findam
aqui as proposiÇÕes do casal Charles e Francis Hunter.
II-
DONS DE PODER
OperaÇÃo de
Maravilhas
Milagre é a
suspensão temporária ou definitiva de uma ordem natural. Milagres são
acontecimentos que parecem anular ou contradizer as chamadas leis da natureza.
E as leis da natureza
(descobertas pela ciência) na verdade foram estabelecidas por Deus desde a
Criação.
As fases da lua, as quatro
estações obedecem seu tempo determinado, os cursos dos rios, a lei da
gravidade, os limites do mar, as órbitas
dos planetas, o tempo de geração dos animais e do homem.
Os milagres no Antigo
Testamento aconteceram como método de Deus se fazer conhecido do homem e
mostrar que Ele criou e conduz o curso deste mundo.
Fatos extraordinários aconteceram no Egito
enquanto o povo hebreu, em Gozen, nada sofria;
• Abertura do Mar Vermelho;
• Parada da lua e do sol por Josué;
• O azeite e a farinha da viúva;
• Descida do fogo no monte Carmelo para consumir o sacrifício de
Elias;
• A volta do sol em 10 graus no relógio de Acabe, como sinal,
para Ezequias;
• A panela de sopa venenosa tornada inócua por um ato de fé de
Eliseu.
O maior número de milagres
foram realizados através de Moisés, Elias e Eliseu, que são tipos de Cristo.
A operação de milagres
mostra a soberania de Deus e manifesta a sua glória.
Deus tem prazer em operar
milagres, quer fazê-los usando a Igreja.
O poder de fazer “obras
maiores” vem do Espírito Santo e está disponível aos cristãos.
Jesus não atendia as pessoas
que queriam vê-Lo operar milagres apenas por curiosidade.
“Uma
geração má e adúltera pede sinal...”.
Mateus 12:39-40.
“E
Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito...
por
ter ouvido dele muitas coisas e esperava que
lhe
veria fazer algum sinal; e interrogava-o
com
muitas palavras, mas ele nada
lhe
respondia”. Lucas 23:8-9.
A
Bíblia diz que os asseclas de Satanás farão obras grandiosas e sedutoras, para
atrair adeptos.
“Surgirão
falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes
sinais
e prodígios que, se possível fora, enganariam
até
os escolhidos”. Mateus 24:24.
Há para cada dom uma
falsificação do diabo.
Curas temporárias, profecias
futuristas, sonhos sobre mortes, levitação, entortar talheres, beber muitas
garrafas de cachaça, sem se embebedar, sinais sem nenhuma utilidade prática,
nem benefício para as pessoas.
David J. Du Plessis, em seu
livro “Vai, disse-me o Espírito”, narra que, ao orar por um irmão no hospital,
Deus disse “é preciso estar ao lado da cama dele agora”. Deu o primeiro passo
fora do portão e, ao dar o segundo passo, encontrou-se nos degraus da casa, há
2 km . Os outros companheiros chegaram 15 minutos após.
Mel Tari no livro “Como um
Vento Impetuoso”, narra sobre milagres ocorridos na Indonésia: pessoas foram
alimentadas milagrosamente, a água foi transformada em vinho, pois no lugar
onde estavam, não havia onde comprar os elementos da Ceia, grupos atravessaram
rios andando sobre a água, houve até ressurreição de mortos.
Por que conseguiram estas
maravilhas?
Porque creram que a fonte do
poder que operou no passado, continua a agir nos dias de hoje. Não aprenderam
que os milagres se limitaram à Igreja primitiva.
Usaram a fé simples, espontaneamente, e Deus correspondeu.
Deus nos coloca numa Nova
Dimensão de Vida, para que nos acostumemos com assuntos sobrenaturais.
Deus quer que avancemos e
não olhemos para trás.
Todos os dons possuem o
elemento sobrenatural, mas a operação de milagres está além da razão humana.
A cura é um Milagre: mas milagre não é
somente cura.
Jesus
negou-se a operar milagres por interesse pessoal, sensacionalismo e domínio
terreno, em troca de sua missão, pontos que Satanás tocou, na tentação a que
Jesus foi submetido, fome, desejo de aventura e reconhecimento, poder. Ler Mateus 4:1-11.
A
abertura do Mar Vermelho constituiu-se num bem permanente na vida do povo. Era
um referencial de fé.
Quando o povo se
enfraquecia, lembrava-se daqueles dias, em que Deus proveu a salvação e o
livramento. Salmos 106:9-11,
21 e 22; Salmos 81; Salmos 77:10-11.
Ainda hoje, a lembrança do
que Deus fez no passado pode levantar o ânimo nos momentos de abatimentos.
O ser humano bem depressa
esquece os bons momentos e lembra-se sempre dos maus.
O sentimento de culpa é
universal e está sempre presente na mente do homem.
É difícil tomarmos posse das
bênçãos prometidas.
O Milagre:
·
Manifesta a glória de Deus;
·
Atende uma necessidade humana
urgente;
·
Concede ensinamentos.
· Na multiplicação dos pães, Jesus ensinou que ele é o pão da vida. Ler Mateus 14:13-21 e 15:29-38;
·
Nas bodas de Caná, ao
transformar a água em vinho: revelou sua natureza divina diante dos seus
discípulos. João 2:1-11.
Na
operação de milagres tudo pode ocorrer sem a participação do homem, mas Deus
deseja conceder à Igreja, a honra de cooperar com Ele.
Exemplos em que Deus fez intervenções
através de operação de maravilhas:
·
A destruição de Sodoma e
Gomorra. Gênesis 19:24-26.
·
A confusão de línguas, na
construção da torre de Babel. Gênesis
11:1-9.
·
O dilúvio e o salvamento de
Noé e sua família. Gênesis
6:13-22. Ler Gênesis caps. 6, 7 e 8.
·
A Estrela que guiou os magos
a Belém. Mateus 2:1-12.
Outras operações tiveram a intermediação de anjos:
·
As dez pragas do Egito;
·
Na saída do Egito o anjo deu
proteção a Israel. Êxodo
14:19-20.
·
Zacarias ficou mudo por ação
de um anjo. Lucas 1:18-20.
·
As águas do tanque de Betesda
eram movimentadas por um anjo para cura. João 5:4.
·
Pedro foi conduzido por um
Anjo do interior da prisão ao portão de saída. Atos 12:7-11.
Todos estes milagres
ocorreram antes da formação da Igreja.
Se hoje não podemos ver
milagres, é porque os nossos olhos espirituais estão fechados e a incredulidade
impede a Igreja de oferecer condições a Deus para operar.
O livro de Jonas relata que
a tempestade cessou logo que ele foi lançado ao mar. É possível que algum outro
navio nas proximidades tivesse notado apenas “uma rápida mudança no tempo”, sem
perceber que ali estava ocorrendo um milagre.
Conosco pode acontecer o
mesmo.
Muitas vezes dizemos que foi
coincidência ou acaso, por nos recusarmos a aceitar milagres e maravilhas, nos
dias de hoje. É como se não crêssemos no poder de Deus.
Jesus transmite aos discípulos o poder de
realizar as mesmas obras que Ele fez, e disse que fariam obras maiores, porque
Ele iria para o Pai. João 14:12.
Se recusarmos a crer em
milagres e propagarmos que os dons não são para os dias de hoje, é como se
publicássemos a “fraqueza de Deus e o poder de Satanás”.
Ninguém deverá agir sozinho,
mas unido à Igreja, para manifestar ao mundo a sabedoria, a glória e o poder de
Deus.
III-
DONS DE INSPIRAÇÃO
Não
são idéias em nossa mente, conforme ocorre com os dons de revelação.
A inspiração é um
pensamento acerca de determinado assunto que desejamos compreender e
desenvolver.
A partir do nosso desejo e
ocupação do nosso pensamento em relação ao assunto, a inspiração virá em forma
de idéias coordenadas. Nem sempre a inspiração vem completa.
“Abre
bem a tua boca e ta encherei”. Salmos 81:10b.
Profecia
“Certamente
o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro
revelar
o seu segredo aos seus servos, os profetas”. Amós 3:7.
“...
procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente
o
de profetizar”. I Coríntios 14:1.
O Dom de profecia é
um dom de grande valor e necessário à vida da Igreja. É um sinal para os que o
crêem. I Coríntios 14:22b.
Não é um dom para uso
particular, mas para a edificação.
A palavra profética pode
está no meio de um sermão, numa palavra durante o período de louvor, num
aconselhamento e até numa conversa informal.
Exemplos:
• O cântico de Maria, contém profecias. Lucas 1:46-56.
• O cântico de Simeão, contém profecias, a respeito de Jesus. Lucas 2:29-35.
• Profecia de Ágabo sobre Paulo. Atos 11:28.
Umas das confusões que é feita em relação
a esse dom é de que o profeta é o pastor e a palavra profética é o sermão.
O dom de profetizar é
distinto de uma pregação comum.
Às vezes a profecia vem
juntamente com uma visão.
Outras vezes é criado pelo
Senhor um quadro mental, juntamente com a inspiração.
A profecia deve ser entregue
com fé e segurança. Romanos 12:6.
Há grupos onde a profecia é
tão usual que não é julgada.
A comunicação entre os
irmãos se dá por meio de “profecia” recados com direção pessoal ou para a
Igreja.
Falar em nome de Deus é algo
muito sério, mas deixar de falar também é. Dizer que Deus mandou, quando não
mandou; ou coisas semelhantes a “Senti de Deus para lhe procurar e pedir; ou
Deus me mandou que você me desse isso...”.
A profecia é uma inspiração do Espírito e seu
objetivo é:
“A
manifestação do Espírito é concedida a cada um,
visando um fim proveitoso”. I Coríntios 12:7
Há diferença
entre Ofício de Profeta e Dom de Profecia:
O ofício de profeta é um
ministério especial, indo além do simples dom de receber mensagens inspiradas.
Exemplo: Samuel, como
profeta, além de trazer mensagens de Deus para povo, apresentava o povo a Deus.
Samuel era, ao mesmo tempo,
profeta e sacerdote.
Davi se reconhecia como
profeta, tinha comunhão com Deus, e sabia de fatos que ocorreriam bem além da
sua época.
No Antigo Testamento, Deus
concedia a um homem este privilégio, na Nova Dispensação o privilégio é para
todos os que desejam e buscam com “zelo melhores dons”.
O verdadeiro profeta é
reconhecido, não pela força da profecia, mas pelos frutos pessoais, que só a
Palavra de Deus pode produzir, para o seu próprio crescimento espiritual e para
a edificação da Igreja.
A palavra de um profeta
precisa concordar com a Bíblia e com sua própria vida.
Uma pessoa que tem o dom de
profecia, está sujeita a erros, e precisa submeter-se ao julgamento da Igreja.
Há pessoas que não aceitam correção, porque
consideram que estão acima de qualquer advertência.
“A
soberba precede a ruína e a altivez de espírito
precede
a queda”. Provérbios 16:18.
O Espírito Santo não pode
atuar onde não há humildade.
A Bíblia fala que os dons
precisam ser julgados, para que aqueles que os possuem possam ser abençoados em
sua vida particular e sejam abençoadores dos que estão próximos.
Falsos profetas existem em
grande número e precisam ser contestados quando se propuserem a falar para a
Igreja.
O verdadeiro profeta não
procura conseguir informações sobre as pessoas, a profecia vem pela comunhão
com o Espírito Santo. Uma profecia pode antecipar um acontecimento que, sendo
de Deus, terá o cumprimento a seu tempo.
Caso seja uma profecia da
mente, ela se diluirá e, sendo da parte do inimigo, poderá ser impedida com
orações de autoridade. Para isso é necessário o uso do discernimento.
A essência da verdadeira
profecia está na fé e certeza da verdade divina e da inspiração do Espírito
Santo em todos os níveis, físico, mental e espiritual.
O homem que provou o novo nascimento, está
despojado de si mesmo e revestido do novo homem.
“...
já vos despistes do velho homem com seus feitos, e vos vestistes
do
novo, que se renova para o conhecimento, segundo a
imagem
daquele que o criou”. Colossenses
3:9b-10.
Ler
Filipenses 2:3-11 e Gálatas 3:26-29.
O
verdadeiro profeta é aquele que quando está enfraquecido, sabe que em Deus
encontra força, porque já tomou posse das verdades eternas e possui promessas
de fortalecimento.
“A
minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração,
e
a minha porção para sempre”. Salmos 73:26.
O
profeta com um ministério precisa alcançar a vitória sobre o mundo e a vitória
sobre si mesmo.
A Bíblia diz que:
“enganoso
é o coração do homem mais, do que todas as coisas,
e
perverso: quem o conhecerá?”. Jeremias 17:9.
O profeta estará sempre atento para
discernir entre:
• A mente espiritual e a mente racional.
• O zelo pela manifestação da Glória de Deus e o desejo egoísta
de um sucesso pessoal.
• A submissão ao julgamento de Deus e a satisfação de possuir um
dom ou de ser usado como profeta.
• Falar a Palavra de Deus e expor seus pensamentos.
Todo profeta está sujeito
aos problemas existenciais comuns a todos. Não é imune às tentações.
Os que foram usados por Deus
para a operação de maravilhas, no passado, eram pessoas comuns, sujeitos às
mesmas fraquezas e fracassos.
Elias serve como um exemplo
desta verdade. Ler o texto sobre Elias em Tiago 5:17-18.
Por esses motivos, o crente
deverá estar sempre em comunhão com Deus, buscando as curas e as respostas que
precisa para suas ansiedades, lutas, medos, tentações, insegurança, dificuldade
em perdoar...
Quando o servo gastar tempo
para ouvir a voz de Deus; quando ele puder orar diante da Igreja, como se
estivesse sozinho no seu quarto, estará estabelecida a comunhão com o Pai, e
nada mais poderá separá-lo do amor de Deus.
Enquanto abrigarmos
lamentações e queixas contra a vida, e formos ansiosos e impacientes, é porque
ainda estamos tão envolvidos com a nossa humanidade que não conseguimos
permanecer “assentados nos lugares celestiais”.
Objetivos da
Profecia:
O dom de profecia tem um propósito especial:
“edificar,
consolar e exortar”. I Coríntios 14:3.
• Edificar: É construir um edifício com bases sólidas.
A Igreja de Jesus está sendo
edificada através dos séculos, sobre a Rocha fundamental: Jesus Cristo é o
Filho de Deus. Essa verdade é a sustentação da Igreja através dos séculos.
A profecia, em concordância
com a Palavra de Deus, é base para o fortalecimento da fé e da esperança da
Igreja.
• Consolar: É aproximar-se de alguém que precisa de conforto, de
ajuda, de orientação e defesa, e amenizar o seu sofrimento. É chorar com os que
choram. É a preocupar-se com o caminhar de alguém. É transmitir luz, alegria e
paz.
“Porque todos podeis
profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam e
todos sejam consolados”. “Que nos consola em toda a nossa
tribulação,
para que também possamos consolar”. I Coríntios 14:31 e II
Coríntios 1:4.
• Exortar: É chamar a atenção de alguém, que esteja errado, com a
intenção de mostrar-lhe a verdade.
Ser profeta é possuir um dos dons que
Cristo concedeu à Igreja.
“Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas,
outros
para evangelistas, outros para pastores e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para
a obra do
ministério, para a edificação do
corpo de Cristo, até que todos cheguemos a unidade da fé,
ao conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito,
à medida da estatura completa de Cristo”. Efésios
4:11-13.
As Três Fontes Possíveis:
• O
Espírito Santo:
“O
espírito do Senhor falou por mim e a sua palavra
esteve
em minha boca”. (Davi). II Samuel 23:2.
“...
disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas
palavras
na tua boca”. Jeremias 1:9.
“...
e veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam
línguas
e profetizavam”. Atos 19:6.
Profecia
de Ágabo, quando tomou a cinta de Paulo e ligou seus próprios pés e mãos:
“Isto
diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem
é
esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios...”. Ler Atos 21:10-14.
• Espíritos imundos e mentirosos:
“Quando
vos disserem: consulta os que têm espírito familiares
e
os adivinhos que chilreiam e murmuram entre os dentes;
não
recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos,
interrogar-se-ão
os mortos”. Isaías 8:19.
“...
Eu sairei e serei um espírito de mentira na boca
de
todos os seus profetas”. Reis 22:22.
...
Estes homens que nos anunciam o caminho da salvação,
são
servos do Deus Altíssimo”. Atos 16:17.
• A mente humana:
“Não
deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam;
ensinam-vos
vaidades; falam da visão do seu coração,
não
da boca do Senhor”. Jeremias 23:16.
“...
profetiza contra os profetas de Israel que são profetizadores,
e
dize aos que só profetizam o que vê o
seu coração:
ouvi
a Palavra do Senhor... Ai dos profetas loucos,
que
seguem o seu próprio espírito
e
as coisas que não viram!”. Ezequiel 13:2-3.
O
grande segredo para manter puro esse dom espiritual, é conservar o equilíbrio
entre a fé e a fidelidade às Escrituras,
“examinando
tudo e retendo o bem”.I Tessalonicenses 5:21.
Não se deve reprimir o dom
da profecia, porque seria negar a expressão, a comunicação do próprio Deus e a
sua manifestação através das pessoas e da Igreja.
É necessário manter a pureza
da comunhão entre o “vaso de barro e o oleiro”, entre o profeta e Deus, para
sermos capazes de ser usados por Ele como canal.
“Não
se deve permitir a qualquer pessoa ministrar como profeta na Igreja, a menos
que os irmãos conheçam totalmente a sua vida, sua doutrina e o seu testemunho”.
Citado
por Dennis e Rita Bennet.
Cuidados:
Profecias futuristas, de
previsões pessoais ou de direção para a Igreja, não devem ser aceitas sem a
testificação de Deus e o julgamento da Igreja.
É preciso esperar a
testificação, por outras testemunhas.
Jesus, em suas palavras,
apresentou sempre a verdade.
A recomendação de Deus para o homem, desde o
princípio da vida na terra, é fé e obediência à Sua Palavra: o conteúdo da Lei
de Moisés, os escritos dos profetas, o Sermão do Monte, as Palavras de Jesus e
a direção deixada pelos apóstolos.
“Não
fareis conforme a tudo o que hoje fazemos aqui, cada qual tudo o que bem
parece
aos seus olhos”. Deuteronômio 12:8.
“Guarda-te,
que não ofereças os teus holocaustos em todo o lugar que vires;
mas
no lugar que o Senhor escolher...”. Deuteronômio 12:13-14a.
Exemplos de transgressão da Palavra de
Deus:
• Caim
ofereceu um sacrifício a Deus conforme o seu próprio pensamento, desprezando o
mandamento de Deus. Gênesis 4:3-7 e I
João 3:12.
• Nadab e Abiú ofereceram fogo estranho no altar. Ler Levítico 10:1-11.
• Coré, Datã e Abirão, líderes do povo, comandaram uma rebelião
contra Moisés e Arão. Ler
Números 16:1-35.
• Uzá
morreu por tentar salvar a arca. II Samuel 6:5-8; I Crônicas 13:7-14 e I
Crônicas 15:2e11-15.
III-
DONS DE INSPIRAÇÃO
Línguas
“Ainda
que eu falasse as línguas dos
homens
e dos anjos...”. I Coríntios 13:1.
“...
ore para que a possa interpretar”. I Coríntios 14:13.
Na implantação do Tempo da Graça, houve uma
intervenção de Deus na terra, de modo
milagroso:
O Espírito Santo desceu, em
forma de “línguas de fogo”, sobre a cabeça dos apóstolos que começaram a falar
em diversas línguas, desconhecidas para eles, mas compreendidas claramente
pelos ouvintes em seu próprio idioma.
Este acontecimento espiritual e histórico,
marca o nascimento de um novo Tempo na vida do homem. Ler Atos 2:1-13.
Comparar este episódio com a
narração sobre a confusão das línguas na Torre de Babel. Gênesis 11:1-9.
Essas duas ocorrências
mostram momentos em que foi necessário a intervenção de Deus na história do
homem.
Este dom é o mais fácil de ser adquirido,
porque só depende do desejo e da ousadia para que a pessoa tome posse dele.
“falarão
novas línguas”. Marcos 16:17b.
“variedade
de línguas”. I Coríntios 12:10b
“falam
todos diversas línguas?” . I Coríntios 12:30a.
“Eu
quero que todos vós faleis línguas estranhas”. I Coríntios 14:5a.
“dou
graças a Deus, porque falo mais línguas do
que todos vós”. I Coríntios 14:18.
“porque
o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo”. I Coríntios 14:4.
Que são estas
línguas?
É
a expressão verbal de uma língua desconhecida, nunca estudada antes. É uma
língua provinda do poder do Espírito Santo, não compreendida por quem fala, e
normalmente não entendida por quem a ouve. É a linguagem do Espírito.
“Porque
se eu orar em língua estranha,
o
meu espírito ora bem...”. I Coríntios 14:14a.
Nada tem a ver com o
intelecto humano e nem com os idiomas estrangeiros que podem ser estudados.
Ninguém pode conhecer qualquer língua ou dialeto sem ter estudado antes.
Se alguém falar uma língua
desconhecida, só pode ser por milagre e permissão de Deus, como sinal para
alguém que esteja presente e necessite de um sinal para conversão.
O dom de línguas estranhas é
a manifestação do poder de Deus por intermédio da fala humana. Quando o homem
utiliza o dom de línguas, sua mente, seu intelecto e o poder de compreensão
permanecem inativos. Neste caso a vontade é usada para aceitar esta experiência
vinda da parte de Deus.
A razão pela qual devemos entregar a nossa
língua à atuação do Espírito Santo, é considerar nossa própria língua incluída
nas seguintes palavras:
“Mas
nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear;
está
cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela
amaldiçoamos os homens,
feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procede bênção e
maldição”. Tiago 3:8.
Uma língua que for
controlada pela ação do Espírito Santo, passa a constituir-se numa bênção
divina.
O dom de línguas é um sinal
do batismo com o Espírito Santo e um auxílio para a vida cristã.
Não é preciso estudar para
aprender esta língua, porque não é um idioma, é um dom sobrenatural e universal
no sentido em que todos estão capacitados a receber.
Objetivos:
• Edificação pessoal - este é o único dom usado em benefício
próprio. Pode-se orar em línguas, sempre que desejar.
À medida que é exercitado, o
dom de línguas vai se tornando mais eficaz, pelo aperfeiçoamento.
• É
um veículo de adoração e louvor a Deus. Tanto no Pentecostes, quanto na casa de
Cornélio as pessoas falavam em línguas, glorificando a Deus. Atos 2:11 e 10:46.
• Comunhão com Deus - nosso espírito entra em comunhão com Deus,
através do Espírito Santo. I Coríntios 14:2.
• Edifica a Igreja quando é interpretada.
“... como desejais dons espirituais, procurai abundar
neles,
para edificação da Igreja”. I Coríntios 14:12.
Diversas religiões e seitas,
também utilizam línguas, racionalmente, a nível mental e não como um dom
sobrenatural, nem para edificação pessoal, nem para comunhão com Deus, mas como
energia psicológica, para ser transmitida aos outros através da imposição de
mãos.
A diferença principal é que
a língua como dom de Deus é recebida de cima, isto é, vem de fora para dentro;
e nas outras religiões, a energia é do próprio homem, de sua mente, vem de
dentro para fora. Exemplo: Mormons, Messiânica, Testemunhas de Jeová, Ciência
Cristã, e outras.
III-
DONS DE INSPIRAÇÃO
LÍnguas
(Continuação)
RecomendaÇÕes:
• Este dom deve ser usado sempre com sabedoria e discernimento, e
nunca por hábito, porque se tornaria inútil.
• Evitar usar em cultos públicos sem que haja intérprete.
• Quanto mais usado, tanto mais será aperfeiçoado.
• Cuidado com as vãs repetições. Uso de uma só expressão durante
longo tempo. Atenção para não ficar repetindo termos e expressões ouvidas dos
outros (imitação).
A recomendação de Jesus, em
relação à oração, deve ser aplicada em relação às línguas, porque elas, também,
são orações.
“E, orando, não useis de vãs repetições...”. Mateus 6:7.
• Estimular as pessoas a receberem o dom de línguas, já que no
batismo, disse as primeiras letras, alguma palavra ou frase.
Utilidade do uso
do Dom de Línguas:
• Louvor e adoração em cânticos pessoal e congregacional;
• Edificação particular, intimidade com Deus;
• Durante a intercessão por pessoas, acontecimentos e pela nação,
expressões de louvor em línguas;
• Um clamor, um pedido de socorro, entremeados com louvores em
línguas;
• Garante a certeza da presença de Deus para proteção, ensino,
edificação e livramento.
Cânticos
Espirituais:
“Falando
entre vós em salmos, e hinos e cânticos espirituais;
cantando
e salmodiando ao Senhor no vosso coração...”.
Efésios
5:19-21. Ler Colossenses 3:16.
Ao surgir um cântico
espiritual, o grupo deve ficar em silêncio, com atenção para que a Igreja seja
edificada.
Pode haver uma interpretação
se for um cântico acompanhado de línguas. Também pode ser individual ou em
conjunto, duas pessoas cantando, como num dueto, três, como num trio, ou mais
pessoas, como num coral.
A Igreja também é abençoada
com cânticos no vernáculo.
As Línguas e o
Batismo com o Espírito Santo:
O batismo com o Espírito
Santo é uma experiência que pode acontecer no momento da conversão ou do
batismo nas águas. Na maioria das vezes, acontece algum tempo após o batismo. A
conversão, o batismo nas águas e o batismo com o Espírito, são experiências
separadas que se completam.
O livro de Atos dá três
exemplos em que as línguas estranhas são a evidência de que alguém recebeu o
batismo com o Espírito Santo.
• No
dia do Pentecostes, quando todos falaram em línguas desconhecidas. Atos 2:4.
• Alguns dias depois, convidado a pregar perante Cornélio e um
grupo de pessoas, pagãos se converteram e falaram em línguas louvando a Deus. Atos 10:45-46.
• Em Éfeso, anos após, homens que tinham sido batizados por
Apolo, no batismo de João, foram batizados em nome de Jesus. Paulo impôs as
mãos sobre eles e todos falaram em línguas e profetizaram. Atos 19:1-7.
O
revestimento com o Espírito é um acontecimento separado da conversão e do
batismo nas águas, ainda que muitas vezes, possas estar juntos. O livro de Atos
registra dois exemplos onde não são mencionados:
• Pedro e João foram enviados, pelos
apóstolos, a Samaria. Ali, oraram e impuseram as mãos sobre os samaritanos e
eles receberam o Espírito Santo.
Pode-se
perfeitamente deduzir que a perplexidade de Simão, ao querer comprar o dom de
imposição de mãos, teria sido por ter ele presenciado algo diferente, e isso,
bem poderia ter sido o falar em línguas estranhas. Atos 8:14-17.
• Ananias impôs as mãos sobre Paulo, para
que recebesse o Espírito Santo. Atos 9:17-18.
Mais tarde,
vemos o depoimento de Paulo sobre línguas estranhas, em suas cartas às
Igrejas. Ler I Coríntios 14.
Este dom é ilógico, incompreensível?
Lembre-se de que “Deus usa as coisas “loucas” para confundir as
sábias; as coisas fracas para confundir as fortes”.
“Os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos nem os
vossos caminhos
os meu caminhos”.
Isaías 55:8
A atuação de Deus está muito além do que podemos planejar,
fazer ou pensar.
Este dom é tão importante e
útil que satanás o imita.
O dom precisa ser usado para ser aperfeiçoado e não ser
desprezado por falta de fé ou de exercício.
Precisa também ser disciplinado, para que haja ordem no culto,
como o registro de Paulo:
“E os espíritos dos profetas estão
sujeitos aos profetas”. I Coríntios 14:32.
Então, há um domínio da
pessoa sobre suas emoções, contudo, reconhecemos que há momentos em que sobrevém
sobre o povo um poder e uma tão grande bênção que revelam a manifestação e a
glória de Deus.
É como se vivêssemos um
ambiente dos céus na terra.
Quem já provou sabe; quem lê entenda!
III- DONS DE INSPIRAÇÃO
InterpretaÇÃo
É
o complemento do dom de línguas. Não é um dom isolado, pois sua utilização depende sempre alguém estar falando em línguas
estranhas.
Pode ser interpretado pela própria pessoa
que fala, ou por outra pessoa.
Não significa uma tradução literal, mas
uma compreensão do que está sendo proferido em mistério.
Enquanto o dom de línguas é usado
devocionalmente “a sós”, para edificação pessoal, a interpretação é pública e
será usada somente quando houver o uso público de línguas estranhas.
A recomendação bíblica é que, não havendo
interprete, as línguas devem cessar, isto é, não devem ser manifestas
publicamente por longo tempo.
O dom de interpretação é diferente do dom
de profecia, entretanto, uma interpretação poderá conter profecias, já a
profecia, independe de haver línguas estranhas ou não.
A interpretação de línguas, geralmente, é
de louvor a Deus.
Objetivos:
• Edificação da Igreja. I Coríntios 14:5.
• Sinal para os infiéis que entram na Igreja. I Coríntios 14:22.
Uma pessoa pode ser usada por
Deus para falar um idioma desconhecido, como um sinal para alguém presente:
• Mel Tari, oriental, falou em inglês, sem conhecer a língua
inglesa;
• Pat Boone, cantor e pastor americano, falou em latim sem ter
conhecimento da língua;
• Uma menina americana falou em hebraico.
Todos estes falaram num idioma
desconhecido, mas através deles, Deus tocou em alguém presente na congregação,
como sinal para conversão.
Exemplos retirados dos livros
autobiográficos:
“Como um vento impetuoso” - de Mel Tari;
“A vida de Pat Boone” - de Pat Boone;
“Eles falam em
outras línguas” - Johm Sherrill.
IDENTIFICANDO A CHEGADA DE
UM DOM
“E estes sinais seguirão
aos que crerem: Em meu nome
expulsarão os demônios;
falarão novas línguas...
e porão as mãos sobre os
enfermos, e
os curarão”. Marcos
16:17-18.
Dons
Universais são os que Jesus declarou que seriam sinais para todos os que
cressem. Estes são dons que manifestam a glória de Deus, porque são
manifestações de fé. Assim como todo crente é um sacerdote, porque tem acesso direto
a Deus, assim também todos estão capacitados a exercer os dons de: línguas,
expulsão de demônios e cura com imposição de mãos.
Sempre que houver necessidade, o servo de
Deus pode expulsar demônios, pode orar com imposição de mãos, objetivando a cura
e orar em línguas constantemente, para sua própria edificação, fortalecimento
da fé e comunhão com Deus.
O dom pode ser identificado através de:
• Uma impressão na mente;
• Um pensamento;
• Uma visão;
• Uma voz audível;
• Um sonho;
• Um forte sentimento interior;
• Outros.
A meditação, a atenção e a vontade devem
estar a serviço do Espírito, no recebimento de um dom.
A distração, a inquietação e a pressa,
podem prejudicar a constatação de que o sentimento, o pensamento, o sonho,
sejam sinais da chegada de um dom.
PRÁTICA DOS DONS
Estas são simples sugestões, não são
regras, nem rezas para serem repetidas. Cada um receba conforme lhe for
revelado:
Em grupos menores pode-se começar a dizer
frases de louvor a Deus e de declarações de fé:
• Deus está presente no nosso meio.
• Deus é bom e a sua bondade é eterna.
• Deus é amor e eu sou seu filho.
• Deus me ama e me escolheu.
• Há poder no Nome Santo de Jesus.
• O Espírito quer operar os dons através de
mim.
• Deus concede dos seus dons aos seus
filhos.
• O Espírito Santo habita em mim.
• Minha mente é a mente de Cristo.
Não duvidar, não desviar o pensamento.
Fazer declarações sobre a soberania, o poder de Deus e sobre o desejo do seu
coração de estar cheio da graça de Deus para que a Sua Glória seja manifesta.
Ficar em silêncio por um pouco de tempo e
esperar para ouvir o que Deus quer falar através de algum dos irmãos do grupo.
Quem teve: uma impressão na mente, um
pensamento, uma visão ou ouviu uma voz, fale (mesmo que seja pouca coisa, uma
palavra ou uma pequena frase), compartilhe uma visão ou revelação.
Não despreze as coisas pequenas ou o que
você acha sem importância. O pouco nas mãos de Deus torna-se muito.
O que você está achando sobre o que lhe
veio para falar pode impedir a operação de Deus no coração de alguma pessoa
presente.
A importância da sua participação está em
comprometer-se, dedicar-se e servir ao Senhor. Aquele que serve
voluntariamente, será aperfeiçoado no dom como também no relacionamento com
Deus.
Cuidado: Não aceitar palavras negativas ao momento
ou contrárias à Palavra. Isto deve ser feito com sabedoria e amor. A própria
pessoa deve declarar que não aceita tais pensamentos e que sua mente é a mente
de Cristo. Isto é exercício, aprendizado para crescimento espiritual.
Encorajar o grupo a falar em línguas
estranhas. Este pode ser um momento apropriado para os que ainda não possuem o
dom e para os que ainda não foram batizados com o Espírito.
Se alguém sentir um forte desejo de dar
louvor a Deus com palavras durante a língua que está sendo falada, pode ser a
interpretação, um dos dons que o grupo está buscando.
Uma interpretação não é literal como uma
tradução de línguas estrangeiras, mas é uma compreensão do mistério que está
sendo transmitido através do dom de línguas.
Esse exercício, feito com seriedade e
temor, é apenas o começo de muitas e muitas bênçãos que o Senhor tem para
derramar sobre o seu povo.
Nós somos esse
povo, somos a Igreja da qual o Senhor Jesus é o cabeça, e estamos todos nos
preparando para o grande momento em que veremos realizada a esperança da Igreja
e desejamos ver a manifestação da Glória de Deus.
os mortos: de graça recebestes, de graça dai”. Mateus 10:8.
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